... agora é a verborreia"
Afinal já não é como era. Caso o referendo não passe, o PS de Sócrates continuará a penalizar as mulheres que interromperem a gravidez.
Público.pt 2006-11-12 14:07:00
Despenalização do aborto depende da vitória do "sim" no referendo, diz Sócrates
"Vou ser o mais claro possível nesta matéria. A posição do PS só pode ser uma: só aprovaremos a lei se o sim tiver mais votos do que o não", disse José Sócrates no seu discurso de encerramento do congresso.
O secretário-geral do PS frisou que "bastará um voto" a mais do sim do que do não para se aprovar a nova lei de despenalização do aborto, mas advertiu que "é preciso esse voto".
"Se isso não acontecer, respeitaremos o resultado do referendo e não aprovaremos a lei que propusemos", declarou, contrariando a tese defendida em congresso pela ex-dirigente socialista Helena Roseta e pelo ex-candidato presidencial Manuel Alegre.
Helena Roseta e Manuel Alegre defenderam ontem, no congresso, que se o resultado do próximo referendo não for vinculativo, independentemente de ganhar o sim ou o não, o PS deveria aprovar no Parlamento uma lei de despenalização do aborto.
No entanto, de acordo com José Sócrates, "o PS não pode ter duas caras, uma para o sim e outra para o não".
"O referendo é para respeitar, quer ganhe o sim, quer ganhe o não", frisou o líder socialista, deixando ainda uma crítica indirecta às posições de Alegre e de Roseta.
"Muito me espanta que haja quem esteja permanentemente a dar lições sobre a importância da democracia participativa e esteja tão disponível para, na primeira oportunidade, desprezar o resultado de um referendo popular. A democracia participativa é para levar a sério, não pode ser uma questão de conveniência ou de oportunidade", declarou.
"Nós vamos votar contra a pena e a ameaça de prisão para as mulheres. Vamos lugar contra o aborto clandestino e por uma alternativa legal, com garantia de condições de saúde e de dignidade para as mulheres", declarou Sócrates sobre os objectivos no PS no próximo referendo.
O líder socialista sublinhou depois que "não se trata de liberalizar o aborto", mas, antes, de "alargar as excepções já previstas na lei, despenalizando a interrupção voluntária da gravidez até às dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado".
"Em democracia ninguém pode estar convencido antecipadamente que vai ganhar. Partimos para este referendo não com a certeza da vitória, mas com a certeza de que esta causa merece a vitória", acrescentou.
segunda-feira, novembro 13, 2006
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2 comentários:
Para actualizações constantes acerca da despenalização IVG consulotar também http://redejovensigualdade.org.pt/blog/
"Caso o referendo não passe, o PS de Sócrates continuará a penalizar as mulheres que interromperem a gravidez." E caso o referendo passe, o PS de Sócrates continuará a penalizar as mulheres que façam um aborto, cujo feto tenha mais de 10 semanas. Qualquer dia vão pedir mais uma semana, e mais outra, e mais outra... até atingirem os 9 meses!
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