quarta-feira, novembro 01, 2006

Setenta mil mulheres morrem anualmente

Setenta mil mulheres morrem anualmente vítimas de abortos feitos em condições precárias, revela um estudo levado a cabo em 59 países por especialistas de várias nacionalidades e publicado na revista «Lancet».

Segundo este estudo, oito milhões de mulheres confrontam-se todos os anos com este problema, havendo cerca de 20 milhões de abortos anuais que são feitos por pessoas sem preparação médica ou em locais que não respeitam os requisitos mínimos de segurança.

Ainda de acordo com este estudo, cerca de 97 por cento destes abortos são realizados em países em vias de desenvolvimento e que, em resultado de abortos mal feitos, muitas mulheres acabam por ir parar aos hospitais.

Para estes especialistas, a legalização da Interrupção Voluntária da Gravidez é um «passo necessário» mas não suficiente, pois será necessário que os Estados garantam os melhores cuidados de saúde às mulheres.

Estes cientistas, que entendem que a legalização não aumenta a procura, baseando-se no caso da Holanda, que tem uma das mais baixas taxas de aborto, dizem que os meios contraceptivos podem reduzir, mas nunca irão acabar com esta situação.

Estes defendem também que o número de mulheres que morre devido a esta questão faz que este tenha de ser considerado um problema de saúde pública e de direitos humanos que tem de ser resolvido de forma urgente.

TSF
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